sexta-feira, 5 de junho de 2009
Andarilha
Arranjei um apelido para a vida:
Andarilha.
É.
Andarilha.
Eis a nossa vida!
O que queria mais?
Fixar o coração numa estrada e ficar tentando segurar o trem com as unhas e os olhos vendo-o escapar?
Acho que não!
O negócio é aventurar-se nesta viagem
Dar sugestão de roteiro,
Arredondar o rosto com sorriso nas coisas boas que aparecem
Sim!
Elas existem
E podemos desenhar mais!
A questão é que temos,
Carregamos em nós,
Uma teima
Uma cisma em não ser andarilho
Vida é ida,
Mas cismamos,
Implicamos em ter medo de ir
Ficamos desejando saber tim tim por tim tim desta ida
Colocar os riscos no bolso e andar seguro,
Feito um deus onisciente
Dono absoluto dos segredos, surpresas e mistérios deste ir.
Ficamos brincando de esconde-esconde com a gente mesmo
E acabamos indo por ir
Com os riscos feito ciscos
Nos olhos e no coração.
Andarilha não é limite
É se assumir e viver como se é
O que somos de mais belo
É a liberdade de se fazer.
Alexandre Fonseca
13/junho/1989
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